sexta-feira, abril 30

Tuim, tuim, tuim

"Refresh yourself: Liquid London": é a vinhetinha que entra de vez em quando quando você está ouvindo a Liquid, minha atual obsessão musical online. Das muitas rádios online que eu já acompanhei, é disparado a melhor.

Lemon Jelly, Beta Band e Osymyso estão entre os desconhecidos bacanas que eu ouvi. Só que toca também Madonna, Keane (ver post abaixo), Franz Ferdinand... e os ótimos Scissor Sisters, que eu nunca tinha ouvido hablar mas descobri que estão estourados por aí. Mas eles me ganharam mesmo ontem, com versão ótema de "Minha Menina", com The Bees (quem?). Mezzo inglês, mezzo português muito mal pronunciado, uma pérola. Gozado é que eles repetem muito as músicas, então agora coisas como "Pushy", do Lemon Jelly, que está tocando agora, viraram hits na minha cabeça... Ah, e não tem comercial.

Se tem um lado ruim é a quantidade de CDs que agora eu preciso comprar. Ou tempo que já estou gastando no Kazaa pra baixar todas as novidades.
PS: Essa sexta-feira de sol com feijoada em Guararema no sábado está ridiculamente bacana.

quinta-feira, abril 29

Vida de pobre

Agora tem um jeito de ir pra Brasília de Varig uns R$ 100 mais barato do que na BRA: basta pegar um metrô até o Tietê, um Cometão até Campinas, outro busão até o aeroporto de Viracopos... Tem dois vôos diários Campinas-BSB, por R$ 99. E tem que reservar tipo com um mês de antecedência.

Ainda estou decidindo se esse trampo vale os R$ 100. A vantagem é que Varig é bem menos queima-filme.

E a vida de carless vai super bem. Esses dias eu estava até com um carro na garagem, mas vim trabalhar de busão do mesmo jeito. Até eu me impressionei. Fiz as contas esses dias e, mesmo com tudo o que eu gasto de táxi, é muuuuito menos do que eu gastava com parcela+ipva+gasolina+estacionamento+... do meu finado Clio.

Homeless

Ainda não foi desta vez que eu fui dormir no Formule 1, o hotelzinho francês bacana e barato perto de casa. Mas foi quase. Comecei a me dar conta que estava sem a chave ainda dentro do taxi, a algumas quadras de casa. Revira daqui e dali, "não é possível", "ai caralho", e nada. Precisou uma amiga me acolher às 3h (ok, ela estava com a gente no boteco e saiu na mesma hora). E eu passei meio dia de hoje com a mesma cara besta de ontem. Ainda bem que aqui é a firrrma: peguei o firma-móvel e fui em casa tomar banho. Ufs.

Da última vez, precisei pegar um busão às 7h depois de uma baladaça e acordar um amigo (que também estava na baladaça e já estava em sono profundo há uma hora) pra resgatar a chave dentro do carro dele.

Tem conserto?

terça-feira, abril 27

Esse tempo louco...

Após intenso trabalho de pesquisa, cheguei a uma conclusão: muito antes de todos nós começarmos a andar de táxi ou pegar elevador, houve um tempo em que o tempo (o das nuvens e da chuva) era ideal: verão era verão, inverno era inverno. As temperaturas perfeitamente previsíveis, ano após ano, tudo igualzinho. Mas de repente... o tempo ficou maluco!

Aí os taxistas e pessoas saudosistas que andam de elevador vivem se lembrando desse tempo, e quando dá uma virada assim, ou faz um dia de frio em abril, ou um calorão em julho, não resistem o comentário: "esse tempo está louco!". Tudo bem que faz uns 50 anos que todo ano tem dia frio quando não é pra ser frio e dia quente... vocês entenderam. Mas é que antes, o tempo era normal, um sujeito equilibrado, bem apessoada. Agora... ficou maluco!
PS: Top 5 frases de tempo maluco*:

1. Esse tempo ficou maluco! (dã)
2. Tem que sair de casa com o guarda roupa inteiro!
3. Não dá pra saber que roupa vestir de manhã!
4. A gente nunca sabe se pega o guarda chuva.
5. Olha lá, já virou o tempo!

(*) Copyright Homem Chavão, site genial que eu retomei ontem. Recomeeeeindo!

segunda-feira, abril 26

Skol Mico

Skol Beats, resenha #762

Passei a noite inteira esperando a hora que eu iria me convencer: "tudo bem, tudo bem ter fila pra tudo, tudo bem eu ter perdido o Basement Jaxx, que por sinal era o único que valia a pena, porque estava esperando duas horas na fila, tudo bem a cerveja não estar gelada (nem era festa de uma cerveja mesmo), tudo bem acabar a Skol Beats (nem era o nome do evento mesmo), tudo bem só vender cerveja, tudo bem ter um povo feio de doer, tudo bem ter chovido, tuuuuuudo bem eu pagar R$ 5 pra comer uma esfiha e uma coxinha...." Tudo bem nada, essa hora não chegou.

Acordei no domingão R$ 120 mais pobre e bem arrependido. Ainda mais quando pensei em almoçar e lembrei que poderia está devorando comidinhas da mamãe, de graça, em Guararema.

Pra não dizer que é a primeira e última vez, se no ano que vem tiver algo do nível Basement Jaxx, chego às 16h e vou embora à 1h.

sexta-feira, abril 23

Tio Zé

Na minha casa tinha uma estatuazinha (estatueta?) de madeira, era um tiozinho bigodudo com uma garrafa de cachaça na mão, e uma cara de felicidade bebum. A gente sempre dizia que ele era a cara do tio Zé, o irmão mais velho da minha mãe.

O tio Zé na verdade é o tio Antunes (meu avô achou lindo usar um sobrenome de primeiro nome) e deve ter hoje uns 70. Ele virou tio Zé quando fugiu da repressão e se escondeu no Araguaia, casou de novo e foi morar em Brasília. Acho que lá no começo dos anos 80, minhas primeiras lembranças dele, ainda não podia dizer que o tio Zé não era tio Zé.

Os filhos dele (da segunda mulher) são da minha idade, a gente brincava todo final de semana. Foi na casa dele, com uns oito anos, que eu descobri que pamonha não dava em árvore. Tinha um queijo dentro! Depois a filha dele, da primeira mulher, foi morar com a gente em Londres e virou a irmã mais velha que eu não tinha. (Post it mental: ligar pra ela).

Depois o tio Antunes/Zé deu uma pirada, casou com a empregada e foi morar em Piúma (litoral do ES). Amanhã ele vai estar na pamonhada com carne de sol que vai rolar na casa da minha mãe. Aposto que ele vai me dar um abraço e um cheiro no cangote, me espetando o pescoço com o bigode, que nem eu lembro de antigamente.

quinta-feira, abril 22

Viva São Jorge!

Não é a toa que todo mundo quer morar no Rio: dois dias depois do feriadinho para Tiradentes (o primeiro laranja do Brasil, segundo um amigo), os cariocas estão de folga amanhã (sexta) de novo! É o feriado municipal de São Jorge!

Não sabia da existência desta pérola do calendário comemorativo nacional, e estou simplesmente passado até agora. Os caras tiveron la maña de instituir um feriado dois dias depois do outro! Aposto que a prefeitura ainda decretou ponto facultativo hoje. Ou vocês acham que alguém foi trabalhar, foi na aula, foi no banco numa quinta-feira útil ensanduíchada no meio de dois feriados? É feriadão de três dias duas semanas depois da Santa Semana. Ô beleza!

É sensacional. Eu já tinha muitos motivos pra adorar o Rio, agora tenho mais um.

Chiclete britpop

Martelando no fundo da cabeça: "Somewhere Only We Know", de uns caras chamados Keane. Mas martelando mesmo, porque as únicas versões que eu consegui baixar no Kazaa até agora ou são aquelas marcadas pela patrulha antipirataria (você ouve 10 segundos depois fica com o ruído), ou uma versão besta que está circulando que repete ad nauseum a primeira estrofe.

Tudo indica que é muito bacana, balada FM com sotaque britânico. Lembrei da primeira vez que ouvi Travis. Claro, o cara só pode estar imitando o Fran Healy, mas vai ver que é por isso que eu gostei mesmo. Quando eu ouvir a coisa toda eu conto.
Plantão nãoblog informa: a música toda chegou finalmente, é bom assim mesmo como eu tinha falado. Chicletudo, meloso, mas é bom.

quarta-feira, abril 21

Cruaçã

Nunca esteve na minha lista de all time favorite delicinhas de padoca (pão na chapa, empadinha, lanche frio de queijo e mortadela etc. etc. salivando) o croissant. Esse sempre esteva na lista dos salgados trash, ali do lado do enrolado de salsicha (tem enrolado de outra coisa?) e do bauruzinho salvador (quando você mais precisa...).

Croissant, pra mim, só da Deliparis. Aquele que desmancha, com gosto de manteiga boa e soltando casquinhas.

Mas um homem na vida tem que saber rever conceitos, mesmo que seja sem querer. Nunca tinha chegado em casa de madrugada (leia-se 6h) a pé, muito menos pelo lado de baixo, pela rua da padoca.

A sorte é que ela fica numa baixadinha, e deu pra ver a luz acesa antes de virar à direita. Já tava feliz da vida que ia comprar meus quatro pãezinhos de sempre (vou virar uma bola de pão, mas isso eu conto depois), mas resolvi, influenciado pelo moço trabalhador que comprou um de francatupiry na minha frente, pedir um croissant de presunto e queijo. "Hmmm... num tem, posso ver lá embaixo, quer?"

Quentinho, saído do forno. Desmanchando. O queijo derretido. Fui comendo no caminho pra casa, em mordidas pequenas, sabe?, pra guardar pelo menos o finalzinho pra comer na cama com Nescau. E dormir de barriga feliz.

terça-feira, abril 20

Feriadão na firma

Primeiro, não tem que trabalhar, o que é lindo maravilhoso. No final dos meus oito meses de férias, estava de saco cheio de não ter que trabalhar nunca. Viagens, praias, mas e aquela sensação de primeira caipirinha com pé na areia nas férias? Agora sim. E com feriados, que é um bônus.

Fora o lanchinho. Todo dia, essa hora, alguém chega da padoca com pão fresco, "hora do lancheeee". Uns dias tem presunto e requeijão, outro dia tinha salsicha de hot dog. Hoje o pão estava quentinho, nem acreditei.

Momento "eu adooooro a firma"...

Na barrinha

Gente que estava faltando aí do lado:

Pequeno Tomás: a pessoa mais nova que eu conheço que tem blog. Bia e Fê contam a fofa saga de ter filho.
Longe Pacas: do Fernando, que eu conheci caçando blogs australianos. Tomamos uma num boteco lotado em Melbourne, depois nos desencontramos na balada seguinte. Pra saber como anda a vida por lá.

Palm de papel

Comprei pra viagem pra Austrália, mas consolidei agora como meu PDA/organizer/palmtop essas cadernetinhas, tipo caderno espiral (também conhecido como aspiral, por algum motivo de succção desconhecida) pequeneninho.

Tudo o que eu queria, claro, era um Palm de verdade. Tá na lista daquelas coisas que eu sempre olho na Americanas.com, na Fnac, pego na mão, sei o preço e os últimos modelos, mas nunca compro (processo já conhecido como compra mental, que inclui alguns DVDs, celulares, e a mais recente aquisição, notebooks). Eu tive sim, dois Palmtops antes das cadernetas, tive sim. Claro, quebraram, perdi, sei lá.

Agora ando com meus caderninhos na mão. O problema é que quando acaba, não pode só pegar outra, porque a anterior está cheia de informações absolutamente vitais _listas de músicas MP3 pra baixar, idéias para posts, anotações de aula na PUC e até telefones importantes (e uns sem importância também). Nesta fase firma, achei apropriado comprar na Kalunga um pacotinho de cinco cadernetas com capa do Dilbert.

O gostoso é folhear as mais antigas, é um registro meio cifrado do que eu andei aprontando. O problema é perder. Não que eu ache que eu faria uma coisa horrosa dessa. Não. Nunca. Jamais!

sexta-feira, abril 16

Tá tudo bem?

Acho que meu amigo Harry Chessyre, herói do meu livro-companheiro Girlfriend 44, anda lendo meus pensamentos. No pedacinho que eu li ontem, ele descreve exatamente a teoria que eu estava apresentando pra Mari outro dia.

Eu estava mostrando pra ela que tem uma lista de brigas clássicas de casal (que deveria ser impressa em papel couché e distribuída em postos de saúde) que, de tão clássicas, são muito facilmente evitadas, e quem entra nelas só entra porque quer.

A mais clássica é aquela em que a moça (no meu caso) fica em silêncio por um tempo, ou faz uma cara triste (ou que você deduziu no seu delírio que era triste). Em vez de deixar rolar um pouco, sentir o que está acontecendo, você não se aguenta de insegurança, e já acha que a outra pessoa, por algum motivo, se emputeceu. Nos casos mais crônicos, já sabe até porque ela está brava, foi aqueeeele comentário que eu fiz sobre a fulaninha amiga dela outro dia.
Ele: Tá tudo bem?
Ela: Tá.
Ele: Mesmo?
Ela: Mesmo. Por quê?
Ele: Não, nada, é que você fez uma cara.
Ela: Que cara? Tá tudo bem, Fulaninho. (leve alteração no tom de voz, irritação)
Ele: Tudo bem, não precisa falar assim.
Ela: Assim como?
Ele: Ah, deixa pra lá.
Ela: Não, fala, o que foi?
Ele: Nada. (tom blasé chateado)
Ela: Fala, Fulaninho, o que foi?
Ele: Já disse, nada.
Ela: Putz, não dá mesmo pra conversar com você.
Ele: Mas o que foi que eu disse?
etc. etc. etc.
Bom, todo mundo já sabe onde isso vai dar. Tudo porque a moça lembrou da prova de segunda-feira ou da conta negativa no banco ou do dia difícil no trabalho. Volta no tempo, tivesse deixado passar, ou melhor ainda, tivesse só colocado a mão na perna dela ou dado um beijinho (não recomendado para situações no trânsito), em mais 10 minutos vocês chegavam no restaurante bacana, pediam um vinho, e a vida tinha menos crises de gastrite.

No livro, o Harry está com nossa heroína, Alice, e ela fica em silêncio, lendo um livro. Ele explica como são difíceis esses silêncios, e que bem mais fácil que ter a sensibilidade de detectar (ou ao menos tentar detectar) o que quer dizer o silêncio da moça é mandar o "tá tudo bem?". E descreve um diálogo semelhante. E completa: numa dessas, o cara consegue confirmar que a moça estava (não estava) realmente irritada e inclusive a culpa da briga é dela, que estava de mau humor in the first place. Da série "Como estragar seu relacionamento com brigas bestas".

No proximo programa, "No carro: a escolha do caminho".

É, depois dessa, acho que posso finalmente escrever meu "Alta Fidelidade" ou "Namorada 44". Na verdade, acho que todo o povo autoproclamado blogueiro um dia já pensou nisso (ou pensa todo dia). O problema é que eu acho que vou ter que mudar de país. Bom, isso pode não ser um problema.

quarta-feira, abril 14

Regime da inércia

Acho que vou virar personagem daquelas matérias da Boa Forma, "emagreça sem esforço". Não tenho a menor idéia como, meio que por milagre, parece que eu emagreci (sobrancelhas levantadas, braços pra cima, pose de "pareeeece"). Pelo menos foi o que disseram alguns amigos, aparentemente sem interesses velados. Tô sem coragem de conferir na balança. Tudo indica que foi uma mistura de bronzeado eterno da Austrália, com tirar os óculos pesadões, mais as caminhadas de pessoa sem carro, e uma aparência no geral mais saudável por não trabalhar 14 horas por dia no jornal.

Fato inquestionável é que depois de anos no 44, beirando o 46, comprei uma calça 42. Mas continuo achando que a Khelf mudou os tamanhos, sei lá, parece meio surreal.

Brechó ambulante

Alguém que não me vê há cinco anos e me encontrar na rua hoje vai dizer: "cara, você não trocou de roupa desde aquela vez??". Para felicidade geral, entrei numa calça que não usava há muito tempo, meio velhinha, mas uma beleza pra essa ameaça de frio, um veludo fake preto. Pra completar o figurino, meti uma camisa bem velha também, que já tinha sido comprada na Oxfam (espécie de brechó beneficente em Londres, super cool). Ah, tem mais o cinto do camelô do Anhagabaú. E um sapato surrado que eu adoro e vai precisar que uma namorada diga "ou ele ou eu" pra eu jogar fora. Ou uma mãe pra jogar no lixo escondido, coisas que mães fazem.

Velho derrubador de aviões

Na volta de Brasília, bem na hora que o avião está pousando, ouço aquele barulhinho de celular polifônico (acho brega) ligando. Olho pro lado, meu vizinho de poltrona admira feliz seu aparelho, como um pai vendo o filho recém-nascido acordar no berço. Em pânico, eu pensava, entre outras coisas: "Se essa porra cair a culpa é sua, sua anta. Ainda bem que o avião já está no rumo e com o trem de pouso pra fora, pode desligar tudo que ele pousa. Será que a interferência pode fazer o avião dar uma súbita guinada pra direita?". Foram alguns segundos de muito medo.

Claro, o avião pousou, estou aqui escrevendo besteira em blog. Mas o punchline que faltava pra história aconteceu quando eu entrei no terminal e fui ligar o meu celularzinho: já estava ligado!!!

Será que tem punição prevista em lei pra isso? Aaaaaaah!!

terça-feira, abril 13

A firrrma

Olha a hora que eu chego em casa. Saudades do Agora? (Ainda) não.

Na firma, a gente trabalha muito. Muitas horas. Mas dá risada o dia inteiro, bota o pé na mesa e faz cafezinho na hora que quer. De grátis. E ganha caixa de chocolate dos chefes na Páscoa.

Não firma, não tem tique-refeição, mas a gente come todo dia na casa dos chefes, arroz com feijão e carne moída e feijoada às quartas, e cigarrinho na espreguiçadeira antes de voltar pro escritório.

Na firma, a gente trabalha até de madrugada, mas pode chegar às 15h no dia que tem vôo mais barato da BRA pra voltar de Brasília.

Na firma não tem requisição: o chefe empresta o carro dele pra ir pra casa.

Na firma a gente todo dia morre de rir (e às vezes tem estremelique) lembrando os causos do jornal, e vai juntando causos da firma pra morrer de rir (sem estremelique) daqui a uns anos.

Rapaz!DF

Ainda não consegui decidi se moraria ou não em Brasília. Com 12 anos, eu amava, e odiava São Paulo. Depois inverteu. De uns anos pra cá acho bem possível. Mas me apaixonei por Sâo Paulo e tem coisas ainda muito difíceis de abrir mão. Claro que depende de um emprego legal (tem muitos lá). E talvez não seja muito bacana ser solteiro em Brasília. Covardia comparar a vida social daqui e de lá. Talvez na hora em que isso não seja mais tão importante, i.e., casamento+baby.

Não aceleeeeera!
Os radares com certeza entram na catiguria de coisas irritantes. O eixo monumental tem mais pistas que a Imigrantes, só que o limite é 60 km/h. Quase tive um ataque em pleno sabadão de feriado. Completa que tudo é muito longe, quase que não adianta nada não ter trânsito. Ok, se irritar por não poder dirigir a 100 por hora é bem melhor do que se irritar por ficar um hora parado. Ainda correndo o risco de ser assaltado.

Forasteiro
Como saí de Brasília aos 12, sou um perdido lá. Acho que errei o caminho 90% das vezes. Surreal, portanto, o fato de, na única vez em que andei a pé na rua, para um carro de Juiz de Fora e pergunta (o motorista, não o carro) exatamente a única coisa que eu sabia: "o Metropolitan Flat, onde fica?". Parecia um local dando informações detalhadas.

Room with a view
O tal Metropolitan fica, claro, fica no Setor Hoteleiro Norte. O bacana é que não tem nada entre ele e a esplanada dos ministérios, só o Conjunto Nacional, um shopping bem baixinho. No elevador panorâmico, a esplanada vai surgindo, o congresso atrás, depois a linda ponte JK no fundo. Era quando chegava no 12º que eu pensava com mais certeza: "essa cidade é linda, quero morar aqui". Na hora de procurar uma farmácia aberta ou um lugar pra jantar, e tinha que dirigir meia hora pra cada um, pensava um pouco diferente.

$$$
Pelo menos o fluxo turístico lá é ao contrário, como em SP: hotéis e vôos mais baratos nos finais de semanas e feriados. E a BRA, está decidido, é a nova (ou única) discount airline do país. O avião é velho e apertado (pessoas maiores que 1,75 m deveriam assinar um contrato eximindo a BRA de responsabilidade por lesões causadas pela distância da poltrona da frente, pobre do moço que foi do meu lado). O povo é feio e os horários, além de meio esdrúxulos, mudam no dia anterior. Mas custa a METADE do preço (ou menos). Não dá pra competir com isso.

quarta-feira, abril 7

Trilha sonora

Finalzinho do expediente no serviço, sempre fico aqui sozinho e ligo musiquinhas MP3 que eu trouxe de casa. Na trilha de hoje, algumas favoritas:
- Spoonful of Sugar (Mary Poppins)
- Bella Simamaer (Bjork)
- The Sign (Ace of Base)
- Umbabarauma (Jorge Ben)
PS: esse feriado jurídico criou um climão de feriado aqui. Parece que amanhã é sábado. Pra comemorar, vou fazer um Filial hoje como se fosse sexta, que tal? Aliás, esqueci, tenho que comemorar também que não vou trabalhar no feriado. Não é sensacional?

Ah, as varas

Ainda não consegui superar o fato de as repartições jurídicas se chamarem varas. Hoje, por exemplo, escrevi a manchete aqui da revista: "Presidente do STJ diz que país precisa de 4.000 varas". Não consigo não dar uma risadinha. Ou várias. Não tinha outro nominho? Me lembrou recorte de jornal que habitava meu quadrinho no Agora, matéria da página de legislação do Valor: "População aprova desempenho das varas". Pérola das pérolas.

Santa semana

A juizada toda já está curtindo seu feriado. Todos os tribunais do páis pararam de funcionar hoje. O feriadão começou na quarta! Queria que um deles me explicasse, bem rapidamente, o porquê. Nossa teoria na redação aqui é que eles são todos muito religiosos e precisam se preparar com muita antecedência pra sexta-feira santa. Tudo bem, lá no colégio e faculdade, o feriadão começava na quinta, e já não tinha muito motivo. Mas na quarta? Quero estudar direito e fazer concurso pra ser juiz. Depois reclama que tem muito processo, a morosidade... morosidade na ponta da minha caceta! (expressão carioca tosca recém-adquirida por este blog). Ou na ponta da minha vara cível! (mais apropriado ao tema).

Risadinha no escritório

Pra passar mal de rir (e ficar com vergonha dos coleguinhas de trabalho): engrish.com.

sábado, abril 3

Balinha no farol

Comprei hoje, pela primeira vez na vida, um daqueles saquinhos de balas que penduram no retrovisor do carro no farol. Infelizmente, não foi o bilhetinho que me comoveu, eu estava mesmo precisando de um chicletinho. E tinha um realzinho bem na mão. Confesso que também me impressionou o esforço do cara, correndo (mesmo) pra lá e pra cá entre os carros num sabadão de noite.

Tudo bem, eu também estou trabalhando num sabadão de noite. Ok, comparação infeliz.

quinta-feira, abril 1

Risadinha no busão

Leitura do momento: Girlfriend 44 (Mark Barrowcliffe). A recomendação era: "quem gostou de Alta Fidelidade vai gostar desse". E, se isso é possível em alguma medida, estou lendo compulsivamente (que no meu caso significa ler umas 5 páginas por dia). O melhor momento é no busão, indo e voltando do trabalho (porque indo pra PUC normalmente tô lendo o Estadão). Imagino a cara das pessoas: "olha lá o mané rindo sozinho". Eu não aguento. E depois fico rindo sozinho na rua, porque desço do ônibus grudado no livro e vou lendo andando, prática que pode se revelar extremamente arriscada, principalmente quando envolve cruzar avenidas do centro, ou no mínimo provocar um descolamento de retina pelo alternância frenética entre ler meia-frase e olhar o caminho.

Não é bem Alta Fidelidade, mas realmente parece muito. Acho que é mais pre meninos, o Harry, nosso herói, é mais tipicamente um cara ("a bloke"). O Rob (de AF) era mais sensível, o Harry gosta mais de futebol e cerveja e só se mostra (ou tenta mostrar) sensibilidade ("emotional depth", como ele sempre repete) porque descobriu que isso é um "poderoso afrodisíaco para mulheres no meu grupo cultural".

Quando eu terminar (registros históricos indicam altas chances de isso simplesmente não acontecer), quem sabe mando aqui alguns trechos preferidos. Se eu lembrar (lembrar de postar e lembrar dos trechos, leia-se).

Ctrl+Z

Outra vantagem de comprar passagem na Gol: quando dá alguma merda, você cancela e recebe toda a grana de volta. Na BRA, recebe um troquinho pra comer no Mac (sério, eles pagam 20% da passagem.) Ufs!