Acho que tinha quase 10 anos que não escrevia uma carta, quanto mais mandar no Correio. Difícil imaginar alguém hoje (no nosso grupo cultural-econômico-social, quero dizer) que não se corresponde por e-mail. Mas dessa vez teve que ser por carta.
Achei uns envelopes amarelados, procurei o CEP na internet só para não ser uma experiência totalmente offline. Mas usei aquela colinha de pincel do Correio, a mesma há algumas décadas. E até comprei selos pra mandar mais cartas. Como em 1990, quando eu cheguei em São Paulo e devia escrever pelo menos uma carta por dia pros amigos de Brasília e tinha sempre na escrivaninha uma cartelinha de selos, um bloco e uns envelopes.
E nem tenho nenhum tipo de nostalgia, não penso "a carta dá pra pegar...". Imprime o e-mail! Não tem nem o que argumentar: é mais barato, mais fácil, mais rápido (instantâneo, na verdade). Claro que eu vou ligar antes de a carta chegar lá, ou seja, what's the point... Oh, well.
Me lembrou uma vez que um chefe do jornal viu não sabia onde (é sempre assim) a informação de que o número de e-mails tinha superado o número de cartas no mundo. Toca eu procurar esse diabo desse número. Claro que não achei, mas tive que aguentar o cara alguns dias na minha orelha perguntando. *arrepio*
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