segunda-feira, junho 28

Pra te sintonizar

Por R$ 10, agora tenho música e notícias no meu tempo de busão e caminhadas. É o meu tosco radinho de pilha, que tenho até vergonha de mostrar de tão breguinha que ele é. Mas é pequeno, pega AM e FM, fica no bolso sem incomodar. Todo mundo sabe o quanto eu adoro rádio, e vir trabalhar hoje ouvindo o Sardenberg na CBN foi quase emocionante. Por R$ 10.

domingo, junho 27

"Mainha? Tô no trem!"

O que para muita gente é o único jeito de ir trabalhar, visitar os parentes ou fazer compras no shopping, pra mim virou uma aventura ferroviária. No meu 15º ano de São Paulo, a falta de carro e uma mãe morando no interior me deram pela primeira vez motivo pra andar de trem.

Pra não correr o risco de amarelar, nem fui em casa. Acordei da baladinha e me meti no metrô. Pra criar melhor o clima, passei no camelô e comprei um radinho de pilha (provável novo companheiro, junto com mochila e jornal), umas pilhas e umas Gillettes baratinhas, porque, além de ir de trem pra Mogi das Cruzes, tinha programado pra esse sábado fazer minha barba de três semanas.

Planejei tudo no começo da semana. Conferi o itinerário na internet. Na estação Brás, foi bem fácil. "Ferrovia" nas placas. Um divisória cravada de espinhos indicava que muito trabalhador deve ter economizado a passagem pulando aquela barreira.

Felizmente, a única muvuca nesse dia era da molecada indo pra Marcha para Jesus. Acho razoável assumir que crente é do bem e que bater carteira no trem é pecado.

Tenho que confessar: estava tremendo com meu medinho de garoto burguês. Medo de muito tempo lendo e escrevendo sobre depredações, assaltos e barbaridades assim.

O trem que vai até Guaianases é o espanhol, bem conservado e confortável. Se fechar o olho, com aquele barulhinho, dá até pra lembrar da Europa. Se abrir o olho, o cenário é a zona leste da cidade, uma paisagem bem baixinha, dominada por tijolo e concreto aparentes.

Em Guaianases, troca pelo trem velho, sujo, rabiscado. Quando eu já estava achando que o clima tinha mudado pra uma coisa interiorana, rolou um corre-corre de seguranças na plataforma, e fiquei tenso de novo.

Mas logo chegou em Mogi, e tava um sol gostoso, e tocando Cidade Negra no alto falante da estação. Esquisito como uma viagem de trem de subúrbio pra Mogi das Cruzes pode ser divertida. Enquanto esperava o ônibus pra Guararema, resolvi que era melhor não voltar de trem à noite.

Top 10 (first try)

Antes mesmo de começar mais uma arrumação de CDs, tinha decidido fazer uma lista dos 10 discos da minha vida. Pra entrar na lista, estabeleci que tinha que preencher todas essas condições:

  • não ser aquisição recente (o prazo ia ser um ano, mas teve que ser 10 meses por causa do Cartola);
  • ser bom do começo ao fim;
  • ter sido ouvido compulsivamente logo após a aquisição;
  • e de vez em quando reaparecer no CD player e ficar lá algumas semanas.

    Ei-la, a lista. Com as historinhas.
    1. Everything Must Go (Manic Street Preachers): foi um dos muitos que eu pedi pro meu pai comprar em Londres só porque estava no topo da parada da NME. Amei a música título de cara, e o resto logo depois. Tem uma música pra cada estado de espírito, embora a maior parte sirva mesmo é pra uma daquelas angústias brabas.
    2. A Night at the Opera (Queen): compra obrigatória depois que virei oficialmente fã do Queen. Tem a clássica das clássicas Bohemian Rhapsody, mas também coisas divertidas como I'm in love with my car e 39, um sonzinho quase country inspirado num conto futurista.
    3. Série Dois Momentos - vols. 14 e 15 (Tom Zé): Ok, tô roubando aqui porque são, na verdade, quatro discos. Mas a lista é minha e eu faço as regras. São 47 músicas, de 1972 a 1978, uns momentos geniais. Motivo inicial dessa lista, porque fui resgatar , que a Zélia Duncan gravou. É tão bom que eu tenho músicas favoritas diferentes dependendo da época, e consegui "descobrir" duas que agora são as que eu ouço mais.
    4. Fold Your Hands Child, You Walk Like a Peasant (Belle & Sebastian): Eu sei que não é o disco preferido dos fãs, mas é o meu, por um monte de motivos. Foi o primeiro que eu comprei, e foi trilha sonora de uma época bem difícil. Adoro, e como o do Manics, é melancólico mas tem um momento redentor no final.
    5. The Man Who (Travis): comprei em Nova York quando eles tinham estourado lá. Tem momentos pop besta (mas bons). Até a música bônus ("Molly", que é daquelas que começam depois de um silêncio de uns três minutos na última música) é sensacional.
    6. OK Computer (Radiohead): comprei porque o Marcelo falou muito bem. Gravei numa fita que foi a que eu mais ouvi na viagem da Europa. Paranoid Android é das coisas mais angustiantes e bonitas que eu já ouvi. E o resto... putz, é muito bom.
    7. Chansons Françaises (Notredame): a Vi comentou não lembro bem porque, e eu peguei emprestado, depois achei que tinha perdido, comprei dois pela internet, e achei o dela, e depois consegui perder os outros dois. Um achado genial. E foi trilha sonora de uma das época talvez mais foda, especialmente de uma viagem de volta da praia, sozinho, na Imigrantes.
    8. Cartola (o da capa em preto e branco): dica da Mari, que eu tenho que agardecer pro resto da vida. Comprei meio sem saber, e depois descobri que nem é o que tem mais hits. Tive Sim é um momento sublime.
    9. Moon Safari (Air): achei sampleando aqueles foninhos da Virgin de Paris. Tem a música de acordar, e uma balada meio tosca mas ótima.
    10. Acabou Chorare (Novos Baianos): uma ex sempre falava, mas nunca dei bola. Depois comprei, e me apaixonei. Tem Preta Pretinha (versão comprida) e Besta é Tu, a melhor música pra pedir demissão se a vida fosse um musical.
    11. Dangerous (Michael Jackson): primeira presença adolescente da lista, não podia ficar sem alguma coisa dele na lista. Ouvi um milhão de vezes, decorei e cantei (gritando) as letras. Ainda vou fazer uma pista dançar com alguma música desse disco.
    12. Diamonds & Pearls (Prince): segunda presença adolescente. Acho que hoje eu nem acharia sensacional, mas ouvi tanto nos últimos 11 ou 12 anos que não dá mais pra deixar de gostar. Willing and Able é uma das top 10 músicas para ficar feliz num dia triste. Mas essa é outra lista, que eu faço outro dia.
    Ok, ficou com 12. Mas a lista é minha blá blá blá... O triste é constatar que uns 3 ou 4 discos da lista estão perdidos. Acho que preciso fazer umas compras.
  • quinta-feira, junho 24

    Evolução

    Esses dias tem um recado na firma: "a gerente do banco ligou". Já inventando a melhor desculpa pra minha conta estar descoberta, descubro o que ela queria: alguns cheques meus estavam quase voltando por diferença na assinatura. Logo depois mandei reconhecer firma (supra sumo do processo burocrático), e os cartório falou: não rola. Resumo: em uns cinco anos, minha assinatura mudou totalmente.

    Claro que se botar uma do lado da outra (a original e a atual), têm semelhanças. Mas não são a mesma.

    Essa assinatura eu "inventei" ainda no colégio. Tinha essa obsessão: como ia ser minha assinatura. Ficava aulas inteiras testando modelos, uma só com meu nome, ou com todos os sobrenomes, com (e sem) firulas. Fiz uma pro meu primeiro RG, mas era difícil de reproduzir. Em não sei qual via da identidade, inventei uma que achei sensacional. Era fluida, tinha pompa, dava pra assinar com vontade.

    Em tese é a mesma assinatura até hoje, mas ela perdeu uns pedaços, fui simplificando, fazendo cada vez mais rápido. A pontinha final do "a" final do meu último sobrenome virou um traço longo. O "J" inicial passou a descer bastante. Eu gosto dela assim, sabe.

    Aposto que minha terapeuta (na verdade, o time de psicólogos que eu consulto hoje em dia) vai adorar e super querer analisar essa evolução de assinatura, de identidade, quase. Ufs.

    domingo, junho 20

    Ai meu nariz

    Começou com uma dorzinha de garganta no sábado. E hoje acordei uma pessoa entupida. E com tosse. Só que dessa vez, além do Resfenol (meu novo amigo), tem cafezinho, suquinho de laranja, tapioca, pãozinho na chapa, "mais alguma coisa?".

    Se é pra ficar gripado, melhor que seja na casa de babãe.

    PS: É domingo de sol no sítio. Também quero um computador com essa vista!

    Mangia!

    Além do nome verdadeiro de um prédio mais conhecido como Treme-treme (jóias paulistanas), São Vito é também o nome de uma das mais tradicionais festas italianas da cidade. A principal atração, e daí você já pode imaginar porque eu fui, é a comida.

    Caí lá meio por acaso, mas me diverti pacas. Comecei com um treco que chama guimirella, um espetinho de fígado. Hmmmm... Bom, tem que gostar de fígado. Adoro. Depois, um pratão de macarrão. Tem coisa melhor que um molhinho de tomate bem feito e bem quente? A maior tristeza foi perder a ficazzella ("na rua aí chamam de fogazza", disse a tiazinha italiana da barraca do fígado). Cheguei tarde, já tinha acabado.

    Aposto que uma parcela muito pequena daquelas pessoas fala italiano, e que boa parte das coisas (comidas, costumes) já sofreu um processo de razoável "abrasileiração" desde 1918, ano da primeira festa. Mas fake por fake, a Famiglia Mancini também é super fake, mas custa cinco vezes mais e não é nem de perto tão divertido.

    Tinha banda com roupa verde e vermelha, cantando de "funiculi, funiculá" a Rita Pavone. Tinha as mocinhas da comunidade vestidas com trajes típicos. Eu fiquei olhando bem pra elas e pensando "acho que elas têm traços de italianas". Vai saber.

    No final a banda pediu licença, as dançarinas trocaram de roupa e começou a tocar axé. Representação italiana na Bahia deve ser muito importante, né? E a tiazinha do antepasto mandou a sobrinha dela me atender porque ela estava fazendo a dancinha naquela hora, não podia parar. Achei genial.

    Acho que é um programa imperdível (e barato). A festa da N. Sra. Achiropita é muito mais famosa, mas também muito mais lotada (eu diria abarrotada). Aliás, nunca fui. São Vito, eu pretendo não perder nos próximos anos.

    terça-feira, junho 15

    Antena

    Finalmente reabilitei meu velho celular, e agora não tenho mais como pedir o telefone emprestado pros amigos com o velho golpe do "tô sem crédito".

    Surreal foi que ele (o celular) ficou mais de um ano desligado, e poucas horas depois de ressucitar ele recebe uma ligação! Muito bacana (a ligação)! E olha que eu não acredito em destino, sou devoto de N. Sra. das Coincidências Bacanas.

    E finalmente pude levar o outro celular pra consertar. E descobri que perdi a porra da garantia (de um ano) por umas semanas. Nem adianta ficar triste. Importante é que ele vai deixar de ser um celular cego e me fazer pagar micos como "não tenho seu telefone porque meu celular não mostra" ou "mensagem? ah, não consigo ver...".

    Por enquanto, vou ficar com dois celulares mesmo. Pra que facilitar, né?

    Aliás, Zélia Duncan está fazendo sucesso com "Tô", uma das minhas preferidas do Tom Zé (ver posts anteriores sobre meu fanatismo por este assunto). "Eu tô te explicando, pra te confundir... Tô te confundindo é pra te esclarecer...".

    Termino com o pensamento do dia:
    "Mexerica é bom, mas deixa um cheiro na mão..."
    (Rapaz)

    domingo, junho 13

    Bagagem

    Mochila cheia depois de um final de semana na casa da minha mãe, em Guararema:
    • potinho de doce de leite caseiro, daquele mais clarinho e pelotudo, que não vende em supermercado, feito com leite das vaquinhas do vizinho.
    • pacote de brócolis congelado, da horta de minha mãe mesmo. Plano: fazer arrozo com brócolis. Medo.
    • duas dúzias de mexerica, do pomar do vizinho gente fina.
    • meia dúzia de mini-copinhos americanos, que eu estava desejando e minha mãe comprou. Só ela mesmo. Agora posso chamar os amigos pra detonar as duas garrafas de pinga de Salinas que tem lá em casa.
    • Jaqueta suja de barro da pata da cachorra, que entende o significado de "sai, sua nojenta, você está toda enlameada!".
    • Calça suja de lama, da lateral do carro.
    • Uma vontade de um monte de coisas

    sábado, junho 12

    Gugli

    A amiga de uma amiga disse que acha ótimo procurar coisas no Gugli (sic). Alô, planeta Marte?

    E vai pesquisar blog das cachorras lá no Gugli. Sacanagem!

    sexta-feira, junho 11

    PS musical 2

    Nova perdição na minha vida: Soulseek, programinha de baixar músicas que o cara que trabalha comigo me apresentou. É diferente do Kazaa: não é pra buscar e baixar a música na hora (o que é meio frustrante). Mas é maravilhoso pra baixar discos inteiros. Busca uma vez, as músicas aparecem em ordem, depois manda baixar. E deixa o computador ligado.

    Quando cheguei pra trabalhar hoje, tinha dois disquinhos inteiros pra ouvir, não é bom? Os novíssimos de George Michael e David Byrne, que eu simplesmente amo (os dois). Aguardem resenha.

    Feriado útil

    Foram 15 toneladas de preocupação retiradas bem de cima da minha cabecinha em pouco mais de duas horas:
    • Cartões de crédito, devedores desde a Austrália (janeiro): pagos. Tchau, Serasa.
    • Segunda via da carteira de estudante/bilhete único: pedida.
    • Passes pro mês: comprados. Já que é pra andar de busão, que seja pela metade do preço.
    • Relógio: comprado! (no camelô, 15 pilas um modelo tosco Adidas imitation tabajara).
    Pfffff.... (eu desinflando).

    quinta-feira, junho 10

    PS musical

    • Raq, agora que eu baixei o disco inteiro do Keane, Everybody's Changing grudou no ouvido. Britpop meigo.
    • Todo mundo devia comprar ou emprestar o Stonewall Celebration Concert, Renato Russo cantando clássicos da música americana. Na prateleira com Bebel Gilberto e aquele primeiro disco da Zélia Duncan (primeiro de famosa, e o resto é lixo) na seção de disquinhos pra ouvir com velas acesas.
    • Segue o domínio de Ogum Xangô (leia aqui), agora com a música de abertura, uma oração pra São Cristóvão. Gil e Jorge, muito zen.

    Agora sim

    Bateu, tuim! O i-orkut finalmente fez sentido, com a comunidade do Filial. Pra quem é tipo sócio minorotário do boteco como eu, é muito bacana. E provocou um novo surto de fuçar perfis, comunidades. Leia a descrição e corra pra lá:
    Uma comunidade para o melhor bar do mundo, seus freqüentadores, garçons, cozinheiros e incrível caixa, Bete.

    Se você acha que o Filial é a sua casa, seu escritório, seu ponto de encontro...

    Se você acha que o Ailton é a sua mãe, e que ele cozinha aqueles pratos...

    Se você quer discutir se o Tião chama Tião ou se ele chama Vascaíno... E de onde ele vem, exatamente, do Piauí...

    Se o Moacir é bacana porque ele te trouxe um chope...

    Se o Raimundo é o garçom mais legal do mundo...

    Se o Joaquim já te disse "só um instantinho"...

    Se você acha que atravessar a rua para ir ao Genésio é traição...

    Então esta comunidade é para você!

    Se você está ocupado, em casa ou no trabalho, e não pode ir ao Filial, o Filial virtual vem até você. Chegade comunidades genéricas como "Seleta, só ela é assim", "Bebo porque é líquido", "51"e "Turma do Funil". Venha você também beber umas com a gente. Se você der sorte, pode até pegar um jogo do Criciúma contra o Fortaleza durante a feijoada...
    E li hoje uma tentativa bacana de explicar porque esse treco é essa febre toda, mesmo que ele faça tudo o que muito site já fazia: todo mundo mostra a cara, tem uma confiança. Não é um bando de apelidos que podem esconder psicopatas, nerds e minas gordas.

    terça-feira, junho 8

    Neurofunk?!?

    Você sabe a diferença entre minimal techno e deep techno? Pra quem não sabia nem a diferença entre trance e techno, esse site é sensacional: Ishkur's Guide to Electronic music.

    Tem todos os gêneros (até uns que eu tenho certeza que o cara inventou, como o tal Neurofunk), subdvididos em grandes categorias como Trance, Techno e House. Ele mapeia no tempo e relaciona um com outro. Fascinante descobrir, por exemplo, que existe uma divisão do Breakbeat chamada Funky, que por sua vez tem outra divisão chamada Miami Bass, que inclui um tal de Rio Funk (!!!!). Nada menos que o funk tosco das cachorras. Surreal.

    O melhor de tudo mesmo é que cada gênero tem um exemplinho pra você tocar.

    Basicamente indispensável.

    domingo, junho 6

    Ofélio again

    Mais entradas para o futuro best-seller "Miojo nunca mais - a maravilhosa culinária dos homens solteiros":

    Filézinhos de frango temperados e congelados: Só de ser temperado já é um enorme alívio. Eles são congelados separadamente (é um saquinho, não aquela bandeja com todos os pedaços grudados num bloco de gelo), você tira quantos quer comer. Demorou 13 minutos (e não 30, como dizia nas instruções) pra descongelar no microondas. Joguei na panela com um pouco de cebola picada e um caldo de galinha tosco. Ok, deve ter maneiras mais gostosinhas de preparar, mas já foi bem melhor que comer macarrão com atum.

    Abobrinha refogada: Dica de mamis, essa é fácil e saudável. Uma abobrinha mais que basta por pessoa. Se não souber como que é abobrinha (eu não sabia), pergunte pra tiazinha mais próxima no supermercado, ou vai acabar levando pepino. Depois é só ralar na parte grossa do ralador, e jogar no frigideira com uma quantidade legal de azeite e cebola, e dar aquela refogada. Mais legal ainda se feita com gestos de chef do Cordon Bleu (só cuidado pra não se empolgar e jogar a abobrinha pra fora da frigideira).

    Pizza de pão velho 2: Como na sexta teve baladinha em casa, a já tradicional pizza de pão velho ganhou uma versão chique, e deliciosa: pão italiano, sardella, e mais a muzzarella e orégano por cima. Melhor que qualquer petisco do Filial no pós-balada.

    Surto (de lucidez)

    Quando minha barriga começou a brigar comigo e fazer barulhinhos de fome, as opções do domingo ensolarado eram:
    1. Terminar de cozinhar meu prato caseiro sem graça de peito de frango, abobrinha refogada e arroz, mas que não tinha custo nenhum e ainda ia ser mais rápido, e por isso eu chegaria mais cedo no escritório e quem sabe sairia mais cedo, ou...
    2. Aceitar convite pra ir no Acrópoles, o restaurante grego que eu amo, com amigos que eu não vejo faz tempo, e com direito a espera de uns 40 minutos no solzinho gostoso tomando cerveja.

    Muito estranhamente, e com dor no coração, escolhi a primeira opção. Mesmo com saudades dos amigos e sofrendo com meu pratinho besta, fiquei feliz com esse sofrimentozinho que fez economizar grana e tempo.

    sexta-feira, junho 4

    Manda descer pra ver

    Piração musical do momento: Gil & Jorge Ben, Ogum Xangô. Ok, acho que descobri meio tarde (tipo 30 anos depois), mas é sensacional. Uma viagem, ácido ou muita maconha, só pode ser. Filhos de Gandhi, por enquanto, é a preferida. Música de fechamento (muito minutos).

    Mais legal ainda foi contar pra uma amiga e ela dizer "cara, é o disco da minha vida!". Sintonia total.

    RG

    - Estado civil?
    - Solteiro.
    - Profissão?
    - Jornalista.
    - Sua altura, mais ou menos...
    - 1,75
    - Seus olhos, verdes ou azuis?
    - Azuis.
    - Mas um azul bem diferente, né? Assim, transparente...

    Tirar segunda via de RG no Poupatempo é tudo. Só falta a moça te oferecer um cházinho de maçã, te fazer um cafuné...

    quinta-feira, junho 3

    Ofélio

    Receita para homens solteiros:

    - pãezinhos velhos
    - 1 bandeijinha de mozzarella fatiada
    - ketchup
    - azeite
    - orégano

    Corta os pãezinhos na largura, em formato de torradinhas. Ajeita todas numa assadeira. Põe um pouquinho de azeite e ketchup em cada uma, e espalha. Um pedaço de mozzarella em cada, povilha orégano, e forno (pré-aquecido) por uns cinco minutos.

    Pizza aperitivo de pão velho! Não é genial? Fiz ontem e comi com uma cervejinha, amei. Trash, mas booom.