quinta-feira, junho 24

Evolução

Esses dias tem um recado na firma: "a gerente do banco ligou". Já inventando a melhor desculpa pra minha conta estar descoberta, descubro o que ela queria: alguns cheques meus estavam quase voltando por diferença na assinatura. Logo depois mandei reconhecer firma (supra sumo do processo burocrático), e os cartório falou: não rola. Resumo: em uns cinco anos, minha assinatura mudou totalmente.

Claro que se botar uma do lado da outra (a original e a atual), têm semelhanças. Mas não são a mesma.

Essa assinatura eu "inventei" ainda no colégio. Tinha essa obsessão: como ia ser minha assinatura. Ficava aulas inteiras testando modelos, uma só com meu nome, ou com todos os sobrenomes, com (e sem) firulas. Fiz uma pro meu primeiro RG, mas era difícil de reproduzir. Em não sei qual via da identidade, inventei uma que achei sensacional. Era fluida, tinha pompa, dava pra assinar com vontade.

Em tese é a mesma assinatura até hoje, mas ela perdeu uns pedaços, fui simplificando, fazendo cada vez mais rápido. A pontinha final do "a" final do meu último sobrenome virou um traço longo. O "J" inicial passou a descer bastante. Eu gosto dela assim, sabe.

Aposto que minha terapeuta (na verdade, o time de psicólogos que eu consulto hoje em dia) vai adorar e super querer analisar essa evolução de assinatura, de identidade, quase. Ufs.

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