Depois de oito meses longe, a volta pra casa da praia podia ter sido com chuva de granizo e miojo, que eu já ia adorar, mas não foi: teve muito sol, quilos de churrasco e prolongados momentos de interação familiar. Tinha quase esquecido o quanto é bom (e viciante) jogar Imagem & Ação com os meus irmãos. Nível profissional, ninguém estava pra brincadeira. Teve até caminhada nas pedras pra prainha escondida (existe sim! ;-)), mas a recompensa no final foi uma aguinha bem gelada mesmo, que a dor de cabeça da ressaca estava pegando demais pra uma cervejinha. Com direito a quase me esborrachar nas pedras, e quase ficar entalado também. Está combinado que nunca mais fico tanto tempo sem ir, e que a gente compensa as ausências no sítio da minha mãe com um almoço na volta da praia. Desde que não seja churrasco de novo!
Segredos de liquidificador
No domingo, a cerveja começou a sair ao meio-dia de um isopor na areia. E não parou até 5 da manhã, na última revanche do dia no Imagem & Ação. E quando a gente foi buscar mais porque tinha acabado, trouxemos também uma garrafinha de vodka e uns limões. Que perigo! O resultado foi uma dor de cabeça mala a segunda-feira toda. No final do dia, decidi que ia fazer um sucão de limão com cidreira e não tomar cerveja enquanto a dor de cabeça não passasse de vez. Quando fui tirar o suco prontinho do liquidificador, a parte de baixo abriu e foi uma enxurrada de suco de limão pia abaixo. Perda total, tragédia. Fui obrigado a tomar cerveja. Até acabar. E tomar caipiroska também. Até dormir. A dor de cabeça? Acho que foi pelo ralo também.
Cerveja no frango
Foi o Rodrigão que deu a idéia, eu falei pra minha mãe, que fez e levou um potinho pra mim: frango com molho de Caracu e sopa de cebola. Por esdrúxulo que possa parecer, é muito gostoso. E o melhor: simples demais de fazer. Tempera o frango do jeito que preferir, depois dá uma rápida fritadinha nele na panela e joga a cerveja (uma latinha tá bom) e um pacote de pózinho pra sopa de cebola. Fica muito bom. Tudo bem que ajudou o fato de eu chegar em casa na quarta-feira e encontrar esse frango na geladeira e mais um monte de potinhos de molho de tomate, e uns legumes, e um macarrãozinho... Morar sozinho é muito bom, mas quando a minha mãe e a Jose fazem comidinhas, é bem melhor.
Put you down for a while
Descobri, 35 anos depois, o primeiro disco do Led Zeppelin. Um amigo foi o responsável, como disse meu irmão, pela minha "iluminação". A lembrança que eu tinha de Led era aquela adolescente, roquenrou, muito loco, véi. Tinha uma certa preguiça, assim como tenho de Bob Marley e The Doors. Não achei que fosse esse blues bacana, guitarrinhas geniais. Dá até pra agüentar os gritinhos do Roberto Plant. "I Can't Quit You Baby" é campeã do headphone no momento.
State of emergency
Quando ouvi Homogenic, da Björk, pela primeira vez, além de ficar totalmente passado com aquela profusão de cordas e sofrimento, pensei na hora: "imagine esse disco ao vivo". Eu tinha visto ela no Free Jazz (1996), e virado fã obcecado. E meu pensamento virou premonição: ela voltou em 1998, e eu comprei o ingresso correndo. No dia do show, de plantão, vi no UOL a foto do palco entortado. O show foi cancelado, e eu nem fui buscar o dinheiro, de raiva. Nem sei como perdi esse disco depois, mas agora recuperei na net e ouço umas cinco vezes por dia. "Joga" e "Bachelorette" são épicas, clássicas. E o resto é muito bom também.
PS musical
Enfiei lá o CD best of do Morcheeba, mas as primeiras músicas eram todas do disco que eu comprei em 1999 apaixonado por uma menina que falou que era muito bom. Era mesmo, e eu fiquei um bom tempo ouvindo, sonhando com a menina. Claro que depois tudo mudou, a vida se encarregou de dar um sumiço nessa paixão. Mas ainda é muito gostoso sentir uma época inteira voltar só ouvindo essas músicas. Em geral sou contra letra de música no blog, mas esta acho que vale:
Fear And Love
We always have a choice
Or at least I think we do
We can always use our voice
I thought this to be true
We can live in fear
Extend ourselves to love
We can fall below
Or lift ourselves above
Fear can stop you loving
Love can stop your fear
Fear can stop you loving
But it's not always that clear
I always try so hard
To share my self around
But now I'm closing up again
Drilling through the ground
Fear can stop you loving (repete...)
I'd love to give my self away
But I find it hard to trust
I've got no map to find my way
Amongst these clouds of dust
(Repete várias vezes...)
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