sexta-feira, outubro 8

Dancing Byrne

As dancinhas do David Byrne quase foram a melhor coisa do show. Quis até prestar atenção pra aprender todos os passos, mas depois a gente concluiu que na verdade ele imita a gente, então não precisa.

Foi muito bacana. Sensacional. "Road to Nowhere" ele mandou na primeira metade do show, e foi emocionante. Pena que não tive a manha de levantar nessa hora e sair pulando. Absurdo ter que ver um show como esse apertado numa cadeira daquelas mesas desajeitadas.

Ainda mais que ele emendou em "Nothing But Flowers", que foi triplamente sensacional: primeiro porque é uma das músicas mais bacanas do Talking Heads, depois pelo alívio de que eram realmente infundados os boatos de que o Caetano subiria no palco, e pra completar pela versão forró (!) maravilhosa, com direito a gringos loirinhos tocando zabumba e triângulo. Queria muito ter levantado e dançado o forrozinho do David Byrne.

Em "The Great Intoxication", a minha preferida dos últimos dois discos, eu achei que ia chorar de emoção. De verdade. Primeiro, ele contou que tinha feito essa música pra duas pessoas da firma dele que estavam começando a sair, o que me fez adorar ainda mais. É a intoxicação de quando você está começando a achar que gosta de alguém. Põe o som na maior altura, faz besteira, fica bêbado... E ele mudou o arranjo, cheio de cordas, uma coisa linda.

Teve dois bis, e vários momentos engraçadinhos. O melhor foi quando um cara na platéia pediu, gritando, "Burning down the house", e ele: "Não vamos tocar essa, tá? Então pode economizar sua voz".

Fui obrigado a tomar uns chopps depois pra acalmar. Ufs.

Campanha
Tem músicas que eu gosto tanto que não consigo me conformar com a indiferença dos outros por ela. Acho que todo mundo deveria ouvir e gostar, simplesmente seria melhor pra todo mundo. Assim é "Road to Nowhere", que estou achando uma música perfeita. Então vou fazer campanha: ouça, e melhore sua vida. Saia por aí marchando e imitando os gritinhos do final. Satisfação garantida. Pra facilitar (ou forçar a barra mesmo), tá aqui a música, pra todo mundo baixar:

Road to Nowhere (Talking Heads)

Perigo!
Vou voltar de Florianópolis como responsável legal pelos meus dois sobrinhos (8 e 11 anos) e meu irmão menor (11). Medo!

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